Pesquisa de preço dos combustíveis é furtada da sede do Procon na Capital

Órgão de defesa do consumidor investiga formação de cartel dos donos de postos

Correio do Estado


Criminosos invadiram a sede da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), localizada na rua 13 de Julho, Centro de Campo Grande, na madrugada desta quinta-feira (20). Conforme os primeiros relatos, os bandidos furtaram um computador que continha os dados da pesquisa com o preço dos combustíveis realizada no Estado.  

Peritos do Institutos de Criminalística estão no local, fazendo a perícia do local supostamente invadido por ladrões. Os criminosos entraram pelo teto do cartório do órgão de defesa do consumidor.  

A pesquisa começou a ser feita na semana passada, e tinha o objetivo de identificar os postos de combustíveis que estariam cobrando preços abusivos do consumidor. Na tarde de quarta-feira (19), o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, foi ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul para oferecer os dados da pesquisa, que indicavam a formação de um suposto cartel dos donos de postos de combustível.

Desde o dia 12 deste mês, quando houve alteração nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina (subiu de 25% para 30%) e do etanol (caiu de 25% para 20%), que o Procon deu início a uma blitz nos postos de combustíveis. Houve mais de 50 notificações.  

No último domingo, a Agência Nacional do Petróleo, em sua pesquisa semanal, adiantou parte do resultado da pesquisa do Procon que foi furtada: apesar da redução da alíquota do imposto sobre o etanol, o preço do combustível subiu, acompanhando o preço da gasolina. A pesquisa do Procon, porém, era mais completa, com mais informações sobre preços de custo praticados pelos donos de postos, impostos recolhidos no período e preço oferecido ao consumidor.  

O suposto cartel (combinação de preços) dos donos de postos de combustível também é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção ao Consumidor (Decon).  

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